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  • Foto do escritorJorge Mota

BMW IX 2021






Tem por base uma nova plataforma modular desenvolvida especificamente pelo Grupo BMW para a sua nova geração de automóveis elétricos, procurando combinar design, sustentabilidade, prazer de condução, versatilidade e luxo num formato SUV. Ou melhor, SAV, que é como a BMW gosta de apelidar os seus próprios modelos deste género – Sports Activity Vehicles.




Além do cuidado extremo na aerodinâmica, o iX recorre a conceito de produção e engenharia de baixo peso e alta rigidez, a que se junta um processo sustentável de utilização de materiais, com muitos elementos de proveniência natural ou reciclada.

Incorporando os princípios orientadores da divisão BMW i, o desenvolvimento deste novo elétrico colhe muito do que foi preconizado pelo protótipo Vision iNEXT, sobretudo em termos de design e de versatilidade interior, tendo sido pensado de ‘dentro para fora’. Ou seja, a ênfase foi dada ao interior, para depois se focarem no exterior.



Aqui, o desenho é minimalista – a grelha típica do ‘rim’ revela a sua dimensão alongada, algo que os mais recentes modelos da marca foram apresentando como forma de palmilhar o caminho, enquanto os faróis são esguios e mais horizontais (os mais finos de sempre num BMW), culminando em superfícies muito ‘limpas’ em termos de arestas. Atrás, como seria de esperar, não há tubos de escape – símbolos do passado. Sem necessidades extremas de arrefecimento, a grelha está encerrada, escondendo atrás de si a parafernália necessária para o futuro da condução autónoma (câmaras, radares e outros sensores) e transformando-se em elemento digital.





Não é por isso de estranhar que a BMW aponte o iX como um “laboratório para o futuro”, como apontado pelo CEO da marca, Oliver Zipse. “O Grupo BMW está constantemente em busca de se reinventar. Esse é um elemento central da nossa estratégia corporativa. O BMW iX expressa essa abordagem de uma forma extremamente concentrada”, refere o responsável máximo pela marca.



O BMW iX é comparável ao X5 em termos de comprimento e largura e ao X6 em termos de altura, ao passo que as dimensões das jantes rivalizam com as do X7. A sua estrutura está concebida num misto de alumínio e fibra de carbono (Carbon Cage), o que permite elevada rigidez torsional, maximizando a segurança dos ocupantes e a dinâmica. O coeficiente de aerodinâmica é de 0.25 Cx.






A bordo, a marca procurou conciliar materiais de alta qualidade com a necessária temática da sustentabilidade. Os bancos têm novo desenho e integram os encostos de cabeça, enquanto o grande teto panorâmico permite melhor luminosidade interior. Para os passageiros, a funcionalidade é reforçada pela ausência de túnel central, além de aumentar o número de espaços de arrumação pelo habitáculo, que é tendencialmente minimalista.




Entre os elementos de destaque, menção para os altifalantes escondidos, saídas de ar da climatização com desenho estilizado, superfícies aquecidas e o projetor do sistema head-up display retrátil de forma silenciosa para que se torne invisível. O volante tem uma configuração hexagonal, ao passo que o seletor da caixa é um comando simples e discreto na consola central.

Pode parecer que a eletrificação nos automóveis começou há pouco tempo, mas a BMW vai já na sua quinta geração de tecnologia elétrica eDrive. Esta versão conta com dois motores elétricos, a eletrónica de controlo de potência, a tecnologia de carregamento e a bateria de alta voltagem, num conjunto que, promete a marca, terá “eficiência excecional”.




Os motores foram desenvolvidos pelo Grupo BMW e produzidos de forma sustentável sem uso de materiais raros, com uma potência estimada (ainda não final) superior a 500 CV (370 kW), o que lhe permitirá acelerar dos zero aos 100 km/h em menos de cinco segundos.

Por outro lado, a BMW estima um valor de consumo energético em redor dos 21 kWh/100 km, enquanto a capacidade total da bateria acima dos 100 kWh permitirá uma autonomia superior a 600 quilómetros com um único carregamento, de acordo com o ciclo WLTP.




Já a nova tecnologia de carregamento, também desenvolvida pela BMW, permitirá manter a carga num nível prático de forma relativamente simples, com velocidade de carregamento de até 200 kW (DC). Desta forma, a bateria pode ser recarregada dos 10% aos 80% em menos de 40 minutos. Em dez minutos, aponta ainda a BMW, um breve carregamento DC pode aumentar a autonomia em 120 quilómetros. Numa ‘wallbox’ de 11 KW, o processo de carregamento total (0-100%) leva menos de 11 horas.



As baterias usadas no iX foram concebidas para serem parte de um compromisso ambiental, apresentando por isso um elevado potencial de reciclagem.

Nota ainda para o facto de que o processo de produção das baterias é alimentado unicamente por energia proveniente de fontes renováveis.

Com a nova arquitetura desenvolvida para este iX, a BMW garante que também a conectividade conheceu grandes progressos, permitindo por isso novos desenvolvimentos na condução autónoma e funcionamento em rede. Por exemplo, o poder de computação foi incrementado para que consiga agora processar 20 vezes mais informação do que em modelos anteriores. Ou seja, o sistema eletrónico do iX consegue processar mais do dobro das informações recolhidas pelos sensores disponíveis.




Frank Weber, membro do Conselho de Administração da BMW AG para a área do Desenvolvimento, reconhece que este é um passo significativo rumo à condução automatizada, permitida pelo facto de dispor de tecnologia 5G, logo maior recolha e processamento de dados com a ‘nuvem’.







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